Setor agropecuário lidera crescimento de empregos formais no Piauí
IBGE registrou alta de de 54,9% na geração de empregos formais pelo setor nos últimos quatro anos
Ascom/Aprosoja
27/01/2025 06h45 - Atualizado há 4 meses
O setor agropecuário lidera a geração de empregos formais no Piauí. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compilados recentemente em pesquisa realizada pela Secretaria do Planejamento.
Entre janeiro de 2020 e junho de 2024, a área registrou um aumento de 54,9% no número de postos de trabalho, liderando o crescimento entre todos os segmentos econômicos. Em segundo lugar, o setor de comércio apresentou um crescimento significativo, mas menor, de 34,5%.
“No período pandemia e pós pandemia o nosso setor foi essencial para a economia não só no Piauí, mas em todo o país. Os números mostram como é importante que o setor produtivo possa ajudar mais ainda o Piauí a crescer e para isso os investimentos em infraestrutura são essenciais. Só assim é possível atrair as empresas que fazem parte da cadeia para o Piauí”, defende o presidente da Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí), Janailton Fritzen.
Soja puxa o desenvolvimento
No Piauí, entre 2011 e 2021, a taxa de valor adicionado bruto do agro cresceu mais de 300%. Esse avanço reflete o aumento de produtividade e investimentos no cultivo de culturas como soja, arroz, cana-de-açúcar e melão, que, por sua vez, impulsionaram a contratação de trabalhadores formais.
Os períodos de maior movimentação no mercado de trabalho rural piauiense foram registrados em fevereiro, julho e setembro, meses que coincidem com etapas-chave do ciclo de produção, como plantio e colheita.
Segundo o secretário de Planejamento, Washington Bonfim, o Governo do Piauí que gerar 80 mil novos postos de trabalho nos próximos 4 anos. Para o presidente da Associação é imprescindível que o diálogo entre poder público e produtores se fortaleça porque já está claro que sem o desenvolvimento do setor não será possível alcançar essa meta.
Polos agrícolas
Apesar da maioria das oportunidades formais se concentrarem em contratos temporários, com duração média de três a cinco meses, a sazonalidade típica da atividade agropecuária, especialmente no trabalho volante, muito demandado em grandes plantações.
Os empregos temporários acompanharam o crescimento geral do setor e vêm respondendo a uma demanda que alia expansão do mercado interno com aumento das exportações.
“Esse movimento impulsiona a economia das cidades e é isso que tem transformado os munícipios do cerrado do Piauí como Bom Jesus, Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí e muitos outros, acrescenta o diretor executivo da Aprosoja Piauí”, Rafael Maschio.
O crescimento do agro também movimenta setores indiretos, como o comércio, que teve o segundo maior índice de aumento na geração de empregos formais no período.
A relação entre as áreas é clara: a expansão das atividades agrícolas gera maior demanda por insumos, maquinário, transporte e alimentos, criando um ciclo positivo para toda a economia.
FONTE: Portal Corrente
